quinta-feira, 10 de março de 2011

Identidade no cotidiano escolar

Operários - Tarsila do Amaral
A construção da identidade acontece durante a vida dos alunos. Desde o seu nascimento, o homem inicia uma longa relação com o meio e a partir daí construirá a sua identidade. Essa construção está fortemente ligada à dependência da cultura e da sociedade onde o aluno está inserido.

O modelo da escola do século XIX era completamente diferente do atual. Recebia alunos brancos, burgueses, de uma determinada religião, que reproduziam uma identidade fixa. Hoje, a escola recebe os mais diversos grupos sociais, sexuais e étnicos, bem como com a mais diversa pluralidade de sujeitos, que são constantemente forçados a reproduzir uma identidade que não os reconhece.

Parece muito claro que atravessamos uma crise, que não é só econômica, mas que atinge toda a estrutura social.   E essa estrutura é fundamentada sobre relações de poder, ou seja, relações de domínio que um grupo estabelece sobre o outro.  Essas relações de dominação existem a partir de divisões entre os grupos, de demarcações entre quem faz parte do grupo e quem não faz. A relação que se estabelece  com o grupo, o grupo ao qual pertencemos, pois sentir-se bem com o grupo ao qual se pertence são aspectos fundamentais para ficar bem. 

Trabalhar essas diferenças na escola hoje, não é uma tarefa fácil, porque para lidar com elas é necessário compreender como a diversidade se manifesta e em que contexto.  Portanto, o questionamento sobre essas questões significa progredir na discussão a respeito das desigualdades sociais, da valorização das características étnicas e culturais, os diferentes grupos sociais que convivem no mesmo território e o direito de ser diferente.

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