quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nossa escola... Nossa vida!

Na Escola Dinorá Brito, (Brasil) há muitas oportunidades, tanto para a vida profissional quanto na vida pessoal.
Temos várias palestras, cursos, campeonatos de futebol, handebol, voleibol e basquetebol entre as classes e também entre outras escolas.Temos projetos para melhorar a qualidade de vida das pessoas,  como plantar, separar e reciclar o lixo.
O Brasil é um país de muitas culturas e costumes,  mas igual a  outros países,  também enfrentamos problemas como, a  fome, enchentes, pessoas sem lugar pra morar, o crime organizado, trafico de drogas e armas.
Mas mesmo assim somos um povo alegre e feliz, procuramos viver bem. ( Katarina 8A)
Aline => Como a Katarina já falou, na Escola Dinorá acontece muitas coisas legais, mas muitas pessoas ainda falam que a Dinorá é uma escola com muitos problemas. Mas as pessoas que estudam aqui estão fazendo a diferença, estão tentando mudar isso, não só os alunos mas os professores também ajudam muito, todos que estão aqui temos o mesmo pensamento: ensino de qualidade!


Maiara => O Brasil é um país com muitas misturas étnicas, as pessoas são diferentes e de todas as  cores, e por isso acho que em nosso país o racismo é mais leve, disfarçado, é claro que  isso não significa que não tem. Aqui a  educação  é para todos e só não estuda quem não enxerga as oportunidades.
Temos muitas  atividades na escola, temos intercalasse e projetos para o Meio Ambiente. Projetos de recuperação e leitura.
 


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Evento na Escola de Professores do Futuro / GAZA







Evento  realizado em Moçambique, na provincia de GAZA, na vila de Nwachicoluane, proximidades de Chókwe, organizado pela EPF - Escola de Professores do Futuro / GAZA. Foram plantadas árvores frutíferas do tipo Tangerineira, Larangeira, Ateira, Cajúeiro, Coqueiro, Mangueira e Abacateiro além de Eucalípto e outras árvores  para ornamentação. Num total foram plantadas 500 mudas. Participaram do evento os responsáveis das Escolas Primárias que a EPF trabalha lado a lado, além da comunidade, os próprios estudantes e docentes da instituição, alcançando cerca de 300 pessoas.

Foi um grande evento! A alegria foi contagiante, era fácil identificar nos rostos dos participantes a satisfação pelo evento, que com toda certeza, ficará na memória da EPF, com muitas apresentações culturais preparadas pelos estudantes e motivação na hora do plantio - ENO TREE PLANTING DAY  (Rede global para Sustentabilidade do planeta)  realizado à convite da Escola Dinorá, Brasil.  A Escola Dinorá também participará do plantio junto  à  outras escolas em mais de 150 países. 

Paulo Marcos Borges Filho

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Interatividade (1)

Diversidade na Escola  ( em construção )

Alunos da Escola Dinorá, Brasil

Ingrid 8A  ( inserir o texto aqui)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Língua Portuguesa: Brasil x Moçambique


O português é a língua oficial e primária de Angola, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Moçambique.

A língua portuguesa é também a língua oficial de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e uma das línguas oficiais da Guiné Equatorial (com o espanhol e o francês), de Timor-Leste (com o tétum) e de Macau (com o chinês). É bastante falado, mas não oficial, em Andorra, Luxemburgo, Namíbia e Paraguai. Crioulos de base portuguesa são as línguas maternas da população de Cabo Verde e de parte substancial dos guineenses e são-tomenses.

O português é falado por cerca de 190 milhões de pessoas na América do Sul, 16 milhões de africanos, 12 milhões de europeus, 2 milhões na América do Norte e 330 mil na Ásia.

Fonte: Wikipédia




sexta-feira, 22 de abril de 2011

Interatividade

Olá a todos vocês ai no Brasil,


Somos um grupo de estudantes da EPF (Escola de Professores do Futuro), e fazemos uma preparação de 1 ano para sermos professores em escolas primárias de Moçambique. Aqui na EPF somos ao todo quase 200 alunos, mas somos divididos em 4 grupos, para facilitar os trabalhos. Desta maneira, como forma de identificação, cada grupo possui seu nome, o nome do projeto, portanto somos membros do Porjeto Armando Guebuza (como uma pequena observação, os quatro projetos possuem nomes de presidentes de Moçambique).

Aqui vivemos em um internato, fazemos todas nossas atividades sem sair da escola, durante todo período do curso. Em geral nos temos muitas afazeres, mas também conseguimos tempo para nos divertimos. Praticamos esportes como futebol (tanto masculino como feminino), voleibol, basquetebol, e um esporte brasileiro, a capoeira, sem esquecer do momento de tranquilidade sentado em uma sombra jogando dama. Temos também um grupo de coral, e muitos participam, gostamos muito de cantar. No mais, temos durante todos os sábados a Noite Cultural, no qual preparamos algumas atracões, apresentações, e depois temos muito tempo para dançarmos e nos divertir junto com todos os colegas.

Além disto, nos momentos em que temos finais de semana livre e podemos ir a nossas casas, temos outros tipos de diversão, como ir a discoteca, dar um passeio com a dama (namorada), ir ao cinema, praia, mas em geral, procuramos algum lugar para encontrarmos diversão, e mesmo não havendo cinema em todos os lugares, então tentamos encontrar um lugar para dançarmos e estarmos em contato com outros jovens.

Temos outros tipos de jogos, que são conhecidos por nós, possivelmente como um nome regional, mas pode ser conhecido por vós por outro nome. Jogos como Ntchuva, Neca, Manthocozana (jogo de pedrinha), Mbata (pular a corda).

Além do mais, queríamos dizer que África é um continente como qualquer outro, com inúmeros países, e cada qual com sua cultura e seus aspectos, e Moçambique não é diferente, possui suas culturas e seus costumes, e que podem ser encontradas diferenças de acordo com determinadas regiões também.

Em relação se temos vontade e curiosidade de ir ao Brasil, de conhecer mais sobre este país, com certeza, temos muita curiosidade, e seria muito bom ser pudéssemos trabalhar desta maneira. Nós do Grupo Malangatana e do Grupo Maria da Luz (dois grupos que se divide dentro de nosso projeto Armando Guebuza), temos muitas curiosidades sobre o Brasil, e principalmente para saber um pouco mais da realidade brasileira além dos noticiários que acompanhamos, e também conhecer um pouco mais sobre a diversidade cultural que é encontrada no Brasil.

No mais, depois de termos tentado responder algumas das questões feitas por vós, também temos nossas curiosidades. Aqui em Moçambique temos a transmissão da Rede Record, e assistimos muitos noticiários, portanto, nossa dúvida é em saber qual o nível de realidade retratada nestes noticiários, tendo em vista que 90% das notícias são retratadas da violência no Brasil, favelas, tráfico, drogas, mortes em guerras de favelas, mortes no trânsito, enfim, em que ponto isto é verdade, e se realmente o Brasil é somente violência como é mostrado.
Sabemos também que o Brasil é um país falante da língua portuguesa, e nos temos uma dúvida em saber se além de Moçambique, vocês já ouviram falar de outros países que falam português como nós.
Por falar em língua, além do português, ai no Brasil vocês falam outras línguas (dialetos) como aqui em Moçambique?
Queríamos saber também como vocês encaram os estudos, e até que ponto vocês acham isto importante para a vida de vocês?
Uma outra questão no memento é saber em relação ao HIV, se é grande a taxa de mortalidade ai Brasil.

Encerrando, gostaríamos de dizer que estamos bem felizes por participar deste projeto, e esperamos conhecer mais sobre vocês e sobre este grande país que o Brasil. Todos nós do Projeto Armando Guebuza da EPF, mandamos lembranças e desejamos uma ótimas Páscoa! XD

PS.: A foto virá depois por motivos de low internet! hehe

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Momento de Estudo


Estudantes da EPF – Escola de Professores do Futuro, em momento de estudo, com atividades em grupos e preparações para a semana de exames, onde vão poder colocar a prova seus conhecimentos e o nível em que se encontram em relação a toda a preparação para serem futuros professores.

domingo, 10 de abril de 2011

Coleção História Geral da África - Download


Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente.
A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.
Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.
Download gratuito (somente na versão em português):
Informações Adicionais:
Fonte: UNESCO

sábado, 9 de abril de 2011

Nwachicoluane, Moçambique

Escola Primária em Nwachicoluane, Gaza, Moçambique *

* Imagem de Pedro de Moraes, conheça seu trabalho  AQUI

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mulher Moçambicana


Dia 07 de Abril é o dia marcado para homenagear todas as Mulheres Moçambicanas (Dia da Mulher Moçambicana).
Como homenagem, posto um poema escrito por um estudante da Escola de Professores do Futuro - EPF, um futuro professor, Vasco Matsinhe, um moçambicano oriundo da província de GAZA, que por estas singelas palavras, faz a sua reverência a todas a mulheres moçambicanas, merecedoras de títulos de bravura.


Mulher Moçambicana


Tu és a flor mais linda do planeta,
Que brilha ao nascer do sol de cada dia.
Tu és, a riqueza Moçambicana,
Lutadora, corajosa, batalhadora e guerrilheira.


Mulher Moçambicana


A felicidade de todos os homens,
Tu és a raiz de uma família.
Mulher educadora, mãe dos sábios,
Seu sorriso encantador é motivador.


Mulher Moçambicana


Trabalhadora incansável,
Negra chocolate, capulana e lenço,
É a sua identidade!


Tu és Mulher Moçambicana!
Uma estrela na noite de luar,
É a pérola da África.

Autor: Vasco Matsinhe


Conheça: Broken Mind Rules

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Por uma infância sem racismo




Com a campanha Por uma infância sem racismo, o UNICEF e seus parceiros fazem um alerta à sociedade sobre os impactos do racismo na infância e adolescência e sobre a necessidade de uma mobilização social que assegure o respeito e a igualdade étnico-racial desde a infância.

Baseada na ideia de ação em rede, a campanha convida pessoas, organizações e governos a garantir direitos de cada criança e de cada adolescente no Brasil.


Batique


Uma técnica de pintura que dá a oportunidade para muitos tirar o seu sustento, e trabalharem dignamente apenas com esta arte. Estas pinturas são bem famosas, e alguns dizem que Moçambique, é o único país, em relação à África Austral, que faz estas pinturas, tendo desta maneira, uma maior característica como uma arte Moçambicana.

Encontra-se em diversos tamanhos, mas o mais tradicional é o de 20 cm X 50 cm (aproximadamente), em uma tira de tecido vertical. Mas existe Batiques com a extensão aproximada do tamanho de uma parede.

As cores utilizadas são marcantes e fortes, o que faz com que estas pinturas criem uma espécie de “referência” africana, com todo seu colorido já conhecido.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Vicente Joaquim Ferreira Pastinha

Calendário internacional da cultura negra


05 de Abril de 1889 - Nasce Vicente Ferreira Pastinha, o “Mestre Pastinha”, capoeirista e ícone da cultura afro-brasileira. Salvador/BA .
Durante décadas dedicou-se ao ensino da Capoeira. Mesmo completamente cego, não deixava seus discípulos. E continua vivo nos capoeiras, nas rodas, nas cantigas, no jogo.
Morreu em 1981 aos 93 anos.
 "Tudo o que eu penso da Capoeira, um dia escrevi naquele quadro que está na porta da Academia. Em cima, só estas três palavras: Angola, capoeira, mãe. E embaixo, o pensamento:
"Mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista."

Fonte: Mestre Pastinha, Fundação Cultural Palmares.

domingo, 3 de abril de 2011

A que vim…


Para os que não me conhecem ainda, sou Paulo, um goiâno formado pela PUC-GO em Relações Internacionais, e que procura por meio de uma “aventura internacional” descobrir novos caminhos e horizontes, adquirir novas experiências e conhecimentos, conhecer novas pessoas e fazer novos amigos.

Me formei no ano de 2009/2, e logo em seguida decidi participar de um programa de voluntário, motivado pela grande experiência internacional que eu poderia adquirir, por um amigo – Hélio – que também estava motivado com a mesma ideologia, e logicamente, descobrir um “novo mundo” (para muitos velho), com muitas possibilidades de ajudar e incrementar na vida de algumas/muitas pessoas neste mundo a fora.

Descobrimos uma ONG, Humana People to People, que recruta voluntários para trabalharem em muitos de seus projetos na África e Ásia. Antes de se direcionar para algum de seus projetos, o voluntário deve passar por um curso preparatório em uma escola, de várias, para ser um DI – Development Instructor (Instrutor de Desenvolvimento). Escolas como na Dinamarca, Noruega, EUA, Inglaterra, entre outras, eu me juntei, por um período de 10 meses, no curso da escola Inglesa – CICD (College for International Co-operation and Development), terminando o curso em Dezembro de 2010, em seguida vim para Moçambique.


Aqui em Moçambique trabalho no projeto da EPF – Escola de Professores do Futuro, no qual são estudantes, em média de 18 a 30 anos de idade, que serão formados em um período de 1 ano para serem professores primários em Moçambique. Moro em meio a uma pequena comunidade, de aproximadamente 1000 famílias, e isto me faz vivenciar situações diárias da realidade de pobres famílias em Moçambique (nesta região), mas me faz ver, também, o quão feliz este povo é, e como eles podem se alegrar com pequenos e simples gestos.

. . . A professora Rosa, eu a conheci através do Projeto Mão na Terra, eu havia visitado o blog e me interessei pelo trabalho realizado na Escola Dinorá, me senti a vontade para tirar algumas dúvidas sobre cultivo de hortaliças e pedir alguns materiais. Em seguida, com trocas de algumas informações, resolvemos construir juntos um projeto e mostrarmos reais informações sobre África – Moçambique, diferentemente do que vemos nos jornais e noticiários atualmente, quebrando paradigmas criados pela mídia, que descrevem África por simples, mas fortes palavras; Morte, Doenças, HIV, Fome, Tragédias.

Desta maneira surgiu o Green Muntu, um projeto com intuito de colocar, inicialmente, estudantes brasileiros engajados por esta causa, para fomentarmos a realidade Moçambicana, e trabalharmos com projetos culturais e sociais, não esquecendo de garantir a sustentabilidade ambiental com projetos voltados à real necessidade mundial.

sábado, 2 de abril de 2011

Sonhos . . .


Pessoas sonham, acreditam e realizam. Sonho, aquele no qual objetivamos realizar e nos fazem bem acreditar na possibilidade da concretização deste. Sonho que nos dá força, que nos instiga a viver determinado momento, para logo em seguida podermos chegarmos às proximidades da realização de tal fato.

Todos nós sonhamos, e muitas das vezes, os sonhos estão guardados dentro da mais íntima e secreta parte no interior de cada ser humano. Cada sonho precisa de seu “combustível” para ser efetuado . . .
. . . Assim, precisamos acreditar e fazer com que este sonho possa acontecer, e possa surgir da profundidade secreta e íntima de cada ser, não obstante, “florescer” e dar a graciosidade e o brilho de sua realização ao mundo.

Conheça:   Broken Mind Rules  

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ofício: Mamá


Com toda graciosidade, as Mamás moçambicanas tomam conta dos afazeres do dia a dia, trabalhando com responsabilidade e carisma. São estas as verdadeiras “pais de família”, que sempre carregam o fardo de organizar e, por muitas das vezes, “sustentar” a sua família.
Sempre se despertam junto ao sol, que amanhece bem cedo – normalmente às 5 da manhã, e logo começam com a rotina dos trabalhos realizados diariamente pelas mãos calejadas e fortes destas mulheres batalhadoras, de braços fortes, porém, afeições suaves.


Fazem os trabalhos das “machambas” (plantações, hortas), plantam, cuidam, regam, colhem, e em seguida, fazem as vendas das hortaliças cultivadas em seus pequenos pedaços de terra, em um trabalho árduo diário. Além disto, são estas Mamás que cuidam de suas moradias e das crianças, efetivas donas de casa com inúmeras atividades realizadas diariamente.

Conheça: Broken Mind Rules - Vivência em Moçambique

quinta-feira, 24 de março de 2011

Discriminação racial na internet

Imagem: Mercado Ético
No Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, comemorado na segunda-feira (21), a Polícia Federal incentiva a denúncia de crimes de ódio, entre eles o racismo, na internet.
Crimes de ódio são aqueles que envolvem qualquer tipo de preconceito ou intolerância e podem ser denunciados através do site da Polícia Federal ou pelo email denuncia.ddh@dpf.gov.br. No mesmo domínio, também podem ser feitas denúncias sobre a fabricação, venda, distribuição ou divulgação de símbolos nazistas, pornografia infantil e tráfico de pessoas.
A lei que trata deste tipo de crime é a 7.716/89 e 9.459/97 que diz em seu artigo 20 que: “quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” pode pegar pena de um a três anos de prisão e “quem fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo” a pena é de dois a cinco anos. Por fim, se “qualquer desses crimes for cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza” a pena é de reclusão de dois a cinco anos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O navio negreiro

O poema de Castro Alves ( 1847-1871) é um dos mais conhecidos da literatura brasileira e foi concluído em 1868, quase 20 anos depois da promulgação da Lei Eusébio de Queiróz, que proibiu o tráfico de escravos, em 4 de setembro de 1850. Como a proibição não vingara totalmente, o poeta empenhou-se na denúncia da miséria a que eram submetidos os africanos durante a travessia oceânica.
Poeta social, sensível às inspirações revolucionárias e liberais do século XIX, Castro Alves foi, no Brasil, o anunciador da Abolição e da República, devotando-se apaixonadamente à causa abolicionista. Composto em seis partes, " O navio negreiro" alterna métricas variadas para obter o efeito rítmico mais adequado a cada situação retratada.

terça-feira, 22 de março de 2011

Rotas da escravidão

Os escravos capturados no continente africano eram levados para a América, Ásia e Europa, entre 1500 e 1800. Hoje, o Projeto Rota dos Escravos, da UNESCO, refas esse trajeto.

O comércio de escravos na África durou mais de quatro séculos. É um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade e estabeleceu, entre a Europa, a África e as Américas, laços fortes e ambivalentes.
Arrancados de sua terra natal, aprisionados e embarcados para uma vida de cativeiro, os escravos encontravam forças nas tradições que levavam consigo. Uma delas era o vodu: - Tradição espiritual que dava aos africanos a coragem para romper as correntes do cativeiro no Caribe. Muitos creem que ele seja originário do Haiti, mas ele veio da África, do povo Fon, do Benin, para quem "vodu" quer dizer espírito.
A proposta da UNESCO, que instituiu em 1993 o projeto internacional " A rota dos Escravos" pretende estimular a reflexão científica internacional para estabelecer as causas, as modalidades e consequências do comércio de negros. Além da verdade histórica, o projeto busca reconhecer que a luta pela democracia e pelo direitos humanos é, sobretudo, uma luta pela momória, para evitar o esquecimento e a repetição das tragédias do passado.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial


21 de março – Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

Em 1976, a ONU escolhe o dia 21 de março como o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, para lembrar os 60 negros mortos e as centenas de feridos na cidade de Shapeville, África do Sul, em 21 de março de 1960. Estas pessoas foram vítimas da intransigência e do preconceito racial quando pacificamente realizavam uma manifestação de protesto contra o uso de “passes” para os negros poderem circular nas chamadas áreas “brancas” da cidade.

sábado, 12 de março de 2011

Capulanas de Moçambique

As capulanas são tecidos usados em ocasiões especiais mas também como vestimentas do dia-a-dia. As figuras estampadas nos tecidos são dispostas de maneira a tornarem-se harmônicas na maneira em que são usadas: uma imagem aparece na frente e outra, idêntica, nas costas da pessoa.


Em geral os desenhos seguem uma fórmula com uma imagem central, padrões e bordas nos cantos. Acima ou abaixo do motivo central há um texto, provérbio, conselho ou palavra-de-ordem. A combinação da imagem e do texto é uma fonte de informação valiosa.
Os governos e as ONGs reconhecem o valor propagandístico das capulanas e as utilizam como veículo de doutrinação, comunicação e educação.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Colonialismo e luta pela libertação em Moçambique

Palestra realizada pelo Prof. Dr. José Luís Cabaço, reitor da Universidade Técnica de Moçambique, na Casa das Áfricas em 2007


Colonialismo e luta pela libertação em Moçambique por casadasafricas

José Luís Cabaço é moçambicano e doutor em Antropologia pela Universidade de São Paulo. Participou na luta pela independência do seu país nas fileiras da Frente de Libertação de Moçambique. Após a proclamação da independência em 1975, assumiu diversas responsabilidades no governo e nas instituições políticas, até se retirar do serviço público em 1992. Foi professor convidado na Universidade Politécnica de Moçambique e hoje é reitor da Universidade Técnica de Moçambique.
É autor do livro "Moçambique – Identidade, colonialismo e libertação". São paulo: Unesp, 2010.
Fonte: Casa das Áfricas

quinta-feira, 10 de março de 2011

MUNTU


Uma palavra originária de uma grande família linguística africana – Bantu, que com suas características, estrutura fundamental e origem comum, compõem inúmeras línguas africanas.

A palavra “Muntu” é oriunda da raiz “ntu”, na linguística Bantu. “Muntu” denomina-se o homem, o ser humano, mas em sua forma plural, encontramos a palavra “Bantu”. Este termo foi empregado pela primeira vez por Wilhelm Bleek (1827 - 75) por instigação de G. Grevi, por ser uma raiz que se conservou, sob várias formas, em todas as línguas da grande família “Bantu”.

A palavra Bantu, por ser um termo Etno-linguístico, passou a designar – também – os povos que falavam esta língua, e as línguas desta família. Já o termo singular “Muntu”, passou a ser empregado na moderna literatura africano – Bantu, designando o assim ao homem Africano, a personalidade africana. Esta palavra é plena de sentido, onde se misturam as ideias de africanidade, negritude e identidade cultural.

Fonte: Dicionário Gramatical Changana
P. Armando Ribeiro
Ed. Paulinas
1ª Ed. 2010

Identidade no cotidiano escolar

Operários - Tarsila do Amaral
A construção da identidade acontece durante a vida dos alunos. Desde o seu nascimento, o homem inicia uma longa relação com o meio e a partir daí construirá a sua identidade. Essa construção está fortemente ligada à dependência da cultura e da sociedade onde o aluno está inserido.

O modelo da escola do século XIX era completamente diferente do atual. Recebia alunos brancos, burgueses, de uma determinada religião, que reproduziam uma identidade fixa. Hoje, a escola recebe os mais diversos grupos sociais, sexuais e étnicos, bem como com a mais diversa pluralidade de sujeitos, que são constantemente forçados a reproduzir uma identidade que não os reconhece.

Parece muito claro que atravessamos uma crise, que não é só econômica, mas que atinge toda a estrutura social.   E essa estrutura é fundamentada sobre relações de poder, ou seja, relações de domínio que um grupo estabelece sobre o outro.  Essas relações de dominação existem a partir de divisões entre os grupos, de demarcações entre quem faz parte do grupo e quem não faz. A relação que se estabelece  com o grupo, o grupo ao qual pertencemos, pois sentir-se bem com o grupo ao qual se pertence são aspectos fundamentais para ficar bem. 

Trabalhar essas diferenças na escola hoje, não é uma tarefa fácil, porque para lidar com elas é necessário compreender como a diversidade se manifesta e em que contexto.  Portanto, o questionamento sobre essas questões significa progredir na discussão a respeito das desigualdades sociais, da valorização das características étnicas e culturais, os diferentes grupos sociais que convivem no mesmo território e o direito de ser diferente.

quarta-feira, 9 de março de 2011

África na Escola



Entrevista com a Profª. Íris Amâncio sobre a importância do ensino da história e cultura africana nas escolas e a implementação da Lei 10.693-3.

O perigo de uma única história - Chimamanda Adichie


Criada em um campus universitário no leste de Nigéria, em uma família bem estruturada de classe média, a escritora Chimamanda Adichie nunca passou por maus tratos, fome ou falta de serviços básicos, como saúde e educação.
Leitora e escritora precoce, Adichie logo percebeu que havia algo estranho com suas histórias. “Todos os meus personagens eram brancos de olhos azuis. Eles brincavam na neve, comiam maçã e falavam muito sobre o tempo, em como era maravilhoso o sol ter aparecido”, comenta. Mesmo sem nunca ter saído da Nigéria, a pequena escritora já reproduzia exatamente aquilo que lia nos livros britânicos e americanos – maioria em sua estante.
Isso fez Adichie perceber o quanto o ser humano é impressionável e vulnerável diante de uma história. Graças à sua educação, ela conseguiu expandir sua percepção e compreender que pessoas como ela, que viviam situações com as quais ela se identificava, também poderiam existir na literatura.
Adichie admite ter passado por situações difíceis na vida e que elas ajudaram a formar a mulher que hoje ela é. Mas ela defende que insistir somente nessas histórias negativas é uma forma de superficializar suas experiências e negligenciar as muitas outras histórias que a formaram. 
"Uma única história cria estereótipos. E o problema com estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que eles sejam incompletos. Eles fazem uma história tornar-se a única história", relembra. Como consequencia, essas histórias acabam por roubar a dignidade das pessoas e dificultar o reconhecimento de nossa humanidade compartilhada, enfatizando como as pessoas são diferentes, em vez de como são semelhantes.
"Histórias têm sido usadas para expropriar e tornar maligno. Mas histórias podem também ser usadas para capacitar a humanizar. Histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas também podem reparar essa dignidade perdida", diz. Adichie termina a palestra com um pensamento: "quando nós rejeitamos uma única história, quando percebemos que nunca há apenas uma história sobre nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso."


2011: ANO INTERNACIONAL PARA OS POVOS AFRODESCENDENTES


As Nações Unidas declararam, em dezembro de 2010, em Nova York, o Ano Internacional para Descendentes de Africanos. De acordo com o secretário-geral Ban Ki-moon, a iniciativa tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africano e promover o respeito à diversidade e herança culturais.“Este Ano Internacional oferece uma oportunidade única para redobrar nossos esforços na luta contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e outras formas de intolerância que afetam as pessoas de ascendência africana em toda parte.”(Navi Pillay, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos)

Acesse aqui a  resolução da Assembleia Geral que proclama 2011 o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes

Fonte: UNIC